sexta-feira, 13 de abril de 2018

As profecias do álcool 96º


Y

A Deputada Sandra Rosado inspirou o post desta noite.



Ai! Que doida sou!



Captou a mensagem?

O álcool veio a mim com facilidade, alegria e glória diretamente no posto de abastecimento de combustível (aleluia! aleluia!) a um precinho bem camarada (o correto é precinho pois nunca se usa Ç antes das vogais E ou I)!

As profecias estão no parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados Federais sobre o projeto de lei nº 692/2007 que pretende restringir a venda de álcool etílico líquido e submetê-la à regulação e fiscalização das autoridades sanitárias.

O álcool 96º está proibido pela Resolução nº 46 da Anvisa, mas, o etanol 92º ou 96º não! Oba! Vamos ao posto de gasolina comprar álcool! rsrsrs

Declarando a inconstitucionalidade do projeto a Deputada, munida de sua bola de cristal, prevê:

¨O resultado será estimular a fraude e o consumo indevido e, aí sim, de alto risco.

O Brasil produz 30 bilhões de litros de álcool/ano distribuído em mais de 30 mil de postos de abastecimento, exatamente igual ao que envasado e vendido como saneante doméstico, por estabelecimentos comerciais e de serviços etc. O álcool 92 que se compra no supermercado é exatamente o mesmo que o encontrado na bomba de combustível, a única diferença entre o primeiro e o segundo para uso doméstico, por exemplo, é seu processo de transporte, em tanques específicos, envasamento melhor, mais higiênico e mais seguro do que comprado a granel no posto. Esta utilização na forma correta, regulada e controlada pelos órgãos de fiscalização – IMETRO, ANVISA etc. - deveria sim ser estimulada e objeto de campanha esclarecedora e responsável, para se evitar o mau uso e aí sim o risco.

(...)

A não utilização do produto, por exclusão, apenas desviará o consumidor para o mesmo álcool nos 30.000 postos de abastecimento de combustíveis e outras formas, com maiores riscos.

(...)

É pueril acreditar que a proibição da venda de álcool líquido evitaria seu consumo pelas donas de casa, churrasqueiros de fim de semana, manicuras, cabeleireiros etc., que poderão facilmente adquiri-las em milhares de postos de abastecimento de combustíveis.


Ai! Que lindo o foguinho!


A injuridicidade da norma é ainda mais gritante do ponto de vista prático, na medida em que a propalada proibição estimulará o comércio clandestino por parte dos vendedores, inclusive ambulantes (talvez até contratados por comerciantes inescrupulosos), com redução de arrecadação por parte do Governo. Ganharia fôlego, o informal.

O que se observa, com a medida, é uma tentativa bem intencionada, porém singela, de resolver um problema extremamente complexo e recorrente em nossa sociedade, que é a falta de conhecimento à prevenção de acidentes, principalmente no ambiente doméstico, até mesmo por outras causas mais numerosas que queimaduras por álcool.

Apenas para elucidar, o número de acidentes decorrentes de quedas nas residências corresponde a 10 vezes o número de acidentes envolvendo queimaduras por líquidos inflamáveis, e pelo que se sabe, ninguém propôs ainda a proibição da venda de cera para polimento de pisos, tapetes, ou a construção de escadas.

A responsabilidade por essa situação-limite em que vivemos não é do comerciante ou dos envasadores de álcool, isso é certo.¨

Pizza!

E eu vou espalhar pela internet que o álcool vendido nos postos de abastecimento de combustível é o mesmo álcool vendido nos supermercados para limpeza!

Não estou proibida de adquirir o álcool limpador no posto de gasolina a um preço bem melhor: R$2,99 o litro. Recebi mensagens telepáticas e sei que passará pela cabeça de muita gente vender ETANOL puro engarrafado para as donas de casa por sete reais? Um excelente negócio! É proibido?



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